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CONHEÇA A LÓTUS, A CHAPA QUE CONCORRE ÀS ELEIÇÕES DO DAGV EM 2025




No último mês, a FGV EAESP viu surgir um novo nome no pleito para gerir o Diretório Acadêmico Getulio Vargas (DAGV), após o fim da gestão Laços, em julho. 


A chapa Lótus, que concorre sozinha, assim como as duas antecessoras, buscará a vitória nos dias 27 e 28 de maio. Caso eleita, a nova gestão terá um ano para realizar suas propostas.


Fundado em 1984, a partir da expansão do Centro Acadêmico da EAESP – que foi fundado em 1956 –, o DAGV é o maior diretório acadêmico da América Latina, representando os cursos de Administração de Empresas, Administração Pública e Economia, com cada um dos cursos possuindo uma vice-presidência específica, a fim de atender as demandas das graduações.  


Além dos VP’s acadêmicos, o DA é formado por outras diretorias mínimas, que, obrigatoriamente, devem compor todas as chapas que pleiteiam a gestão: Cultural, Eventos e Financeiro. Cada chapa, porém, é livre para criar outras diretorias a fim de atender suas ideias e propostas. Em 2022.2, por exemplo, a gestão Norte criou a diretoria de Integração, que se mantém até hoje, duas chapas depois. 


Neste ano, a chapa Lótus é encabeçada por Daniel Wood, estudante do segundo semestre de Administração de Empresas; Maria Fernanda Hutter, estudante do quarto semestre de Administração de Empresas; e Gabriela Mendes, estudante do quinto semestre de Administração Pública. Os três compõem a diretoria executiva, cúpula decisória e administrativa da entidade.


Eu vim de outra faculdade. Saí da antiga, em parte porque eu não estava encontrando a vivência universitária que queria ter. Acabou que, na GV, eu encontrei isso. Um pouco, claro, porque já conhecia algumas pessoas. Então, quando entrei, resolvi entrar de cara [...]. Quando vi o DAGV, fiquei feliz e embasbacado com o poder de impacto, de influência.” diz Daniel Wood, candidato à presidência da chapa Lótus. 


Nunca tive o sonho de fazer adm, mas tinha o sonho de fazer GV. Quando entrei na faculdade, isso foi meio quebrado, pois vi que nem tudo o que eu esperava acontecia. Não sentia esse senso de pertencimento. Daí resolvi entrar no DAGV e ele foi importante, porque foi o que me deu esse senso de pertencimento, de ser GVniano, de me aproximar das pessoas. Me abriu as portas para isso”, complementa Maria Fernanda Hutter, a candidata à vice-presidência. 


As falas dos candidatos representam uma das estratégias da Lótus, que tentará se alinhar com a onda “GVniana” que vem cobrindo a Fundação no último semestre. Todas as apresentações, dentro e fora da EAESP, inclusive DAGV, ainda sob a gestão Laços, vêm tentando resgatar certos sentimentos e tradições que se julgam perdidos no alunato da FGV. Assim, ao destacar o pertencimento e a identificação, Daniel e Maria Fernanda deixam claro parte dos ideais que a chapa, caso eleita, seguirá. 


Como representante dos cursos, o DAGV precisa sempre cuidar para ouvir as demandas e, principalmente, atendê-las de forma democrática. Para além dos VPs acadêmicos já citados, esse trabalho de escuta e representação vem também na composição da chapa. Quando perguntados sobre o executivo ser majoritariamente de AE – algo comum ao DAGV, que viu seu último presidente de Administração Pública há 4 gestões – eles reforçaram a tentativa de trazer um olhar holístico sobre o Diretório, em especial sobre a figura da secretária-geral, Gabriela Mendes que, de acordo com Maria Fernanda, “[...] representa essa figura mais velha, que conhece mais o DAGV, coletivos”. 


Ainda, a chapa foi sabatinada em evento aberto no primeiro andar da EAESP, o DA, no último dia 21. Presentes, além do alunato, estavam representantes dos coletivos e de outras entidades, como a própria Gazeta Vargas. Dentre as várias perguntas, a Lótus respondeu questionamentos do Coletivo Plutão, em especial a respeito do futuro relacionamento do coletivo com o DAGV.


Em especial, a chapa destacou que não pretende distinguir as entidades representativas, já que querem integrar APA, Atlética e Tatubola de forma igualitária a fim de justamente promover a cultura GVniana com base no esporte. 


Em um ano de vitória das Economíadas, a postura parece ser acertada para garantir o fortalecimento da cultura universitária que a chapa busca trazer através do DAGV. Assim, a Lótus deve continuar seguindo uma postura conciliadora, continuando as políticas das chapas anteriores, que tentaram equilibrar demandas das diferentes frentes da faculdade. 


Um tópico que sempre levanta debates entre o alunato da FGV, as entidades, também não foi esquecido. Tanto na sabatina, quanto na entrevista, os representantes da Lótus refletiram sobre o papel das entidades no ecossistema da FGV.


Eu fui da Liden nesse semestre e trouxe, na chapa, que um grande ponto é a reestruturação dessa área dentro do DAGV[...] Vai deixar de ser uma área e ser um braço do executivo, supervisionado pela vice. Esse último semestre mostrou uma fragilidade institucional da Liden. Com essa reestruturação, queremos não só entender, mas também dar apoio maior às entidades.”, diz Wood à Gazeta. 


De concreto, agora no início, vamos focar nessa parte burocrática do estatuto. Fortalecer VPs, a base acadêmica, com relação com as coordenações e conseguir entender melhor o que os alunos destas entidades buscam. As entidades dentro da EAESP têm pesos diferentes. Queremos garantir que todas elas tenham o mesmo peso [de representação]. As coisas mudam muito rápido e as demandas delas também”, complementou Maria Fernanda que, em caso de vitória da Lotus, será a responsável pela supervisão da Liden. 


Ainda, o compromisso com a diversidade, permanência e inclusão dentro da FGV, assumido de forma clara por todas as gestões desde 2022, foi pauta também da sabatina. A Lótus foi questionada por ter deixado de fora de sua carta proposta coletivos e bolsistas, ao que respondeu que pretende, de fato, continuar com as políticas passadas, além de criar novas. O ponto, entretanto, não foi muito aprofundado no debate.


Em entrevista à Gazeta, Wood afirma que conversou com o coletivo Plutão e com o coletivo 20 de Novembro para ouvir as demandas: “a nossa candidata à diretora institucional foi diretora do Plutão [...] Isso é importante para garantir um pensamento coletivo. Enquanto objetivo, queremos criar projetos que tenham continuidade, que a gente crie, a GV acolha e institucionalize. O projeto Imersão com Inclusão, da diretora Isabella Castillo da chapa Ecos, é um grande exemplo disso”. Hutter complementa dizendo que “a ideia central é como garantir que o que a gente pensa para os coletivos seja de fato concretizado. A gente [chapa Lótus] quer sair e saber que as ações não vão sair, que os projetos sejam continuados”. 


A chapa Lótus vai à votação nesta semana, na EAESP, dependendo do quórum mínimo de alunos votantes para ser empossada. A chapa, que segue a linha tradicional de pensamento do DAGV, inclusive com remanescentes da chapa atual, não enfrenta concorrentes. 


Quando perguntada qual recado gostariam de deixar para o alunato e para uma possível versão futura já empossada, Maria Fernanda afirma que “[quer] que todos os membros que foram parte da nossa possível gestão acabem com esse sentimento de fazer parte do DA e que fizeram a diferença na vida do alunato da GV. Acho que é uma comunidade e quero ver um espaço seguro para pertencer a FGV”. 


Eu quero conectar, de novo, o DA com o alunato. Quero que o DA seja visto por você como uma porta aberta do seu coletivo, sua turma, sua entidade para reclamar, falar, trazer demandas e que vamos fazer o possível para responder tudo, criando mecanismos para atender”, declarou Daniel. 




Reportagem: Arthur Quinello

Revisão: Artur Santilli e Giovana Rodrigues Imagem de Capa: foto Chapa Lótus


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