Chapa Nós se torna primeira chapa eleita de forma remota. Venha ler a entrevista que Gabriela Pinheiro, membra da Gazeta Vargas, realizou com alguns membros da chapa!
A pandemia revolucionou o nosso cotidiano. Assim, as eleições do Diretório Acadêmico não foram exceção e tiveram que ser realizadas, pela primeira vez, de forma remota. Entre os dias 11 e 12 de agosto, alunos da Fundação exerceram seu direito ao voto para escolher a próxima gestão. A chapa escolhida foi a Chapa Nós, presidiada por Marco Koblinsky, aluno do 4º semestre de Administração de Empresas, e formada por alunos de Administração de Empresas, Pública e Economia.
A Gazeta Vargas entrevistou alguns membros da nova Gestão Nós. Entre elas, o Presidente, Marco Koblinksy - a Secretária Geral, Letícia Almeida (4º Semestre de AE) - a Vice-Presidente Giovanna Reggio, (4º Semestre de AP) - e o Diretor de Planejamento Estratégico, Diego Adetayó (4º Semestre de AP).
GV: Como foi o processo eleitoral durante esse período de pandemia?
Gestão Nós: O processo começou no início do ano. Um grupo passou a se reunir e pensar uma gestão em conjunto, que atendesse ao propósito do DA, aos interesses dos alunos e que pudesse causar impacto no dia a dia. Aos poucos, o grupo cresceu e, com a ajuda de todos, chegamos onde chegamos.
Para qualquer eleição do DA, os requerimentos a serem seguidos são os presentes no estatuto do órgão representativo. Eles incluem as diretorias mínimas (Presidência, Secretaria Geral, VP AE, VP AP, VP Econo, Financeiro, Cultural e Eventos), nomear pessoas aos cargos discentes e de departamento e entregar uma carta proposta com antecedência. Além disso, para a eleição em si, é necessário o quórum de no mínimo ⅕ do alunato matriculado na FGV no período eleitoral.
Devido à pandemia, tivemos algumas outras dificuldades relacionadas a como a votação seria validada a nível legal, devido ao fato de não poder ser realizada presencialmente. Tivemos que seguir as regulamentações do estatuto - como a determinação de voto secreto, por exemplo - e se adequar aos requerimentos mínimos de cartório para garantir uma eleição legítima - em que cada aluno vote apenas uma vez e que os votantes sejam apenas alunos devidamente matriculados. Todo o processo foi feito e regulamentado por um comissão eleitoral, eleita em câmara discente. A comissão é composta por 5 integrantes, sendo um representante da gestão atual e um da chapa.
GV: Como vocês se sentem sendo a primeira chapa a ser eleita online?
Gestão Nós: Ser a única chapa eleita online até o momento é uma grande responsabilidade, principalmente por sermos chapa única. É difícil termos confiança da validação que recebemos através de um voto digital, exatamente por nossa campanha ter sido completamente à distância. O fato de não termos tido um espaço para mostrarmos nossas caras ao alunato durante o dia-a-dia padrão gera, sem dúvida alguma, insegurança. Contudo, daremos nosso melhor para se ater ao que propomos e corresponder ao que nossos eleitores esperam. Essas adversidades também obrigaram os membros da chapa a serem inventivos nas abordagens, entender o novo contexto de relacionamento dos alunos com o DA, com as redes sociais e com a FGV. Esforçamo-nos muito para nos adaptar e maximizar nosso alcance de votos e, até sair o resultado, não tínhamos certeza se conseguiríamos bater o quórum. Agora, devidamente eleitos, apesar das incertezas, estamos otimistas de que conseguiremos engajar a comunidade de maneiras inovadoras e que parte dessas mudanças serão levadas para gestões futuras.
GV: Quais os principais focos para o DA?
Gestão Nós: Acreditamos que os objetivos principais da nossa gestão serão:
a) recuperar a saúde fiscal do DA,
b) estabelecer uma maior proximidade entre alunos e coordenação durante o período de isolamento
c) retomar o papel do DA de como principal porta de entrada dos alunos na vivência da FGV
A saúde mental também é um foco importante para nós. O contexto de isolamento transformou algumas de nossas prioridades - e estamos focados em pensar como tornar esse período mais agradável para todos. Queremos tratar da saúde mental nesse momento tão adverso e em como a faculdade e o diretório podem auxiliar nesse processo. Temos trabalhado muito para entender a demanda por esse tema dentro da faculdade, estudando o problema e formulando uma proposta viável de resolução deste. Temos um grupo de trabalho totalmente direcionado para esse tema, contendo 7 áreas e diversos membros, todos com os esforços voltados para essa questão latente.
GV: O que o alunato pode esperar de vocês?
Acreditamos que os interesses da gestão e do diretório acadêmico são os interesses dos alunos. O alunato pode esperar uma gestão ativa e responsável, com membros engajados e projetos que façam sentido para as alunas e alunos da fundação. Queremos ser uma gestão de acolhimento que consiga implementar algumas mudanças estruturais importantes como a transformação dos escopos das áreas institucional e social e inclusão e que busca realizar projetos bem embasados nos dados que buscaremos recolher. Também seremos uma gestão aberta, a GV pode esperar ouvir muito mais sobre o que acontece dentro da estrutura do DAGV e se deparar com mais projetos em conjunto do diretório com outras entidades e órgãos representativos.
As respostas foram devidamente editadas para garantir maior coesão.
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