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DILEMAS MORAIS

Escrito por nosso redator Pedro Gama, o texto de hoje descreve uma das mais intrigantes questões da história da Filosofia, trazendo também explicações a respeito das diferentes respostas a ela. Com base nele, você, leitor, é convidado a responder um questionário para tentar identificar essa tênue diferença entre o que é certo e o que é errado. E aí, topa o desafio?

O “dilema do bonde” é uma famosa situação hipotética com um ilustrativo dilema moral utilizado pela filosofia da ética para testar convicções. Caso nunca tenha ouvido falar, aqui jaz: um bonde desgovernado avança em velocidade sobre seu percurso e, em algum ponto de seu caminho, estão cinco pessoas amarradas aos trilhos. Como operador, você tem uma opção, a de puxar uma alavanca que desvia o percurso do bonde para um outro caminho no qual está amarrada uma pessoa. Quem for atropelado necessariamente vai morrer e outras variáveis devem ser desconsideradas. Como evidentemente todo mundo prefere que cinco pessoas sobrevivam em vez de uma (assim espero), o verdadeiro dilema reside na seguinte dúvida: “cabe a mim intervir e decidir quem deve viver e quem deve morrer?“.


Existem duas principais formas de abordar essa questão - a teleológica e a deontológica. A primeira é aquela que se preocupa com o thelos, que se traduz por finalidade, ou seja: é aquela que interpreta se uma ação é moralmente correta (ou não) a partir das consequências que ela produz. Portanto, segundo essa perspectiva, o correto seria puxar a alavanca, considerando o cálculo de benefícios que se obtém ao salvar cinco vidas em detrimento de uma. A segunda perspectiva, a deontológica, se preocupa com princípios, ou seja, o que deve ser considerado como certo ou errado depende do que os seus princípios morais consideram, e deve-se agir em conformidade com eles. Um princípio muito difundido em nossa sociedade é a de que pessoas são mundanas e somente Deus pode determinar quem vive e quem morre, levando a conclusão que não deve-se puxar a alavanca. Outro é a de que vidas possuem valor inestimável, levando a uma possível conclusão de que não há como sopesar as vidas e determinar-se quem deve viver.


Elaborei essa breve introdução para que você, leitor, se motive a entrar no formulário a seguir com uma série de dilemas morais verdadeiramente polêmicos, que inclusive dariam uma boa conversa (ou briga) de bar. Clique no link para tentar identificar a tênue diferença entre certo e errado.



Foto da capa: ILMT


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