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10 ANOS DE AMOR PRETO E AMARELO



O sentimento Preto e Amarelo ainda vive.


Em 2013, nascemos de um incômodo da falta de voz nas arquibancadas torcendo pela FGV. Muito mais do que corante, bomba e fumaça, nós partilhamos de um sentimento conjunto que nos une. Temos amor por viver na faculdade e queremos muito mais do que apenas nos preparar para um mercado de trabalho que nos sugará. Queremos que a vida universitária seja experienciada de forma mais intensa e coletiva, mais sentida e mais em torno dessa cultura que nos faz jogar, torcer, tocar, gritar e mover pelas cores Preto e Amarelo.


Desde nossa criação, andamos na contramão de uma ideia de fazer tudo na faculdade apenas para que nossos currículos sejam brilhantes. Para que nossa aprovação no tão sonhado trainee seja garantida e para manter a média alta nas matérias. Na realidade, nos causa profunda tristeza ver pessoas que não têm nenhuma identificação com a comunidade da qual fazem parte e apenas frequentam a faculdade para virar uma máquina de trabalho.


Mais do que uma torcida organizada, nossa batalha é diária para manter nossas tradições, nossa comunidade e esse sentimento gvniano que nos é tão valioso. Somos jurados inimigos dos gvnianos médios, dos metidos a investidores, dos tarados por trabalhar de graça para empresas da faculdade e de tudo que faz os alunos se distanciarem da faculdade (e do bar).


A APA é luz no fim do túnel para você que não quer ser apenas uma engrenagem dessa máquina. Ainda mais em uma época pós-pandêmica, quando o sentimento universitário se perdeu em diversos corações, a APA resiste.


Quem viveu a FGV antes e depois desse caos sabe, saudosamente, disso. Nosso bar era mais cheio, a identificação por cada entidade era mais vívida, a faculdade mais frequentada, inclusive por aqueles que, mesmo fora do momento de aula, viviam naquele espaço intensamente. As nossas músicas eram mais conhecidas pelo alunato. Nas Gvjadas e nos Botas Foras, só se viam roupas da FGV. Os corantes e tintas eram mais aceitos e até mesmo as pessoas se conheciam mais.


Mas esse, felizmente, não é um texto saudosista, pois a APA vive mais forte do que nunca na Fundação Getulio Vargas. Prova disso, indiscutivelmente, foram as Economíadas de 2023.

Mesmo com todas essas circunstâncias, o que fizemos pela FGV nesses 4 dias foi um brado de que a cultura universitária resiste. Juntos, times e atletas, Bateria Tatubola, AAAGV, APA e todos os que compareceram na arquibancada entregaram a vida durante 4 dias por um único objetivo. Uma única obsessão chamada ECONOMÍADAS.


Tresloucado quem acredita que as maiores emoções não estão dentro da quadra e nas arquibancadas. A tenda, pouco conhecemos, pois estamos comprometidos com algo maior. Já nossos atletas, conhecemos por nome, posição e até jeito de jogar.


Quem conseguiu experienciar conosco os momentos de arquibancada sabe do que estamos falando. Interrompemos jogos com nossas fumaças e cantamos ininterruptamente até o jogo retornar. Invadimos a quadra na semifinal do Futsal, após uma aula de arquibancada sem tamanho. Nos comportamos em jogos nos quais pouco podíamos fazer barulho, mas estávamos presentes para prestigiar os nossos. Choramos com cada derrota e seguramos o choro para dizer para nossos atletas levantarem a cabeça.


E se o título não veio, isso nos deixa ainda mais fortes. Porque não vivemos de títulos, e sim de um sentimento de Amor pela Fundação. Como bem disse o Tiagão:


“Cantamos, comemoramos, choramos, e nunca faltou alento. Sempre estávamos com Preto e Amarelo que nos move”


E, sendo assim, nenhum nome faria mais sentido do que AMOR PRETO E AMARELO. Pois é isso que sentimos e vivemos, amor por essas cores e por nossa Fundação.


Cada grito quando a voz ousa falhar, cada choro no fim de cada jogo, cada palma a seguir no ritmo de nossa bateria, cada abraço apaixonado em seu companheiro de arquibancada quando a FGV marca. Cada flamular de nossas bandeiras, cada fumaça acesa entoando as nossas cores. Tudo isso se une nessa torcida tão apaixonada e nos faz ser quem somos. A MELHOR TORCIDA DO ECONOMÍADAS.


E como não falar sobre a APA FEM? Oficializada em 2019, nossa torcida tem em seu esqueleto a Amor Preto e Amarelo Feminina, com lideranças que são fundamentais para o andamento da APA. Conseguimos criar um ambiente acolhedor para todas as minas que dão uma aula de arquibancada, sentem e vibram pela nossa Fundação.


A APA FGV completa 10 anos de história também graças a todos que compartilharam essa história conosco. Compartilhando a arquibancada (Bateria Tatubola), fazendo a segurança impecável de nosso alojamento e cuidando de nós todos os dias (OBRIGADO ZEZÉ, NÓS TE AMAMOS), dentro das quadras com nossos queridos atletas e ao lado de quem possibilita tudo isso acontecer (AAAGV, não se acostume com nossos elogios).


A APA FGV é bancada, é vida dentro da faculdade, no bar e em cada gvniano. É sentimento que nos move.


PAU TORA.



Autoria: Miguel Guethi (APA)

Revisão: André Rhinow e Anna Cecilia Serrano

Imagem de capa: APA



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