I built a little cage around my heart,
I said,
now no one will ever hurt you again,
I’ve made sure of that.
But as time went by
my heart started to look sad
and I felt bad
so I decided to let it fly around for a bit.
I thought that’d be okay
but I guess i’d forgotten
just how frail my little heart was.
And there I was again
reviving it from the blow it took
as soon as I let it out of its cage.
No more, I said, no more,
and I locked it back up inside.
Now it’s looking sad again, it’s turning blue,
I feel sad too,
but how many times
will I be able to bring it back to life
before it’s gone for good?
I can’t take the risk,
it’s not worth it,
no one’s worth it.
I’m keeping my heart locked up
in a little cage I built around it
because that’s what I have to do to survive.
Construí uma gaiolinha para o meu coração,
eu disse,
ninguém mais vai te machucar,
eu garanto.
Mas o tempo foi passando
e meu coração parecia tristonho.
Me senti mal,
então deixei ele sair para voar um pouquinho.
Achei que não teria problema,
mas havia esquecido
o quão frágil era o meu coraçãozinho
e lá estava eu novamente tentando revivê-lo
da porrada que tomou logo que saiu de sua gaiola.
Chega, eu disse, chega,
e tranquei meu coração mais uma vez.
Ele parece triste de novo, está ficando azul,
estou triste também,
mas quantas vezes mais conseguirei trazê-lo de volta à vida
até que se vá de vez?
Não posso correr esse risco,
não vale a pena,
ninguém vale a pena.
Deixo meu coração trancado
na gaiola que construí para ele,
porque é o que preciso fazer para sobreviver.
Autor: Luiza Parisi
Revisão: Laura Freitas e Enrico Recco Imagem de capa: RIPPL-RÓNAI, József. Woman with a Birdcage. 1892. Oil on canvas, 185,5 x 130cm.
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