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AH, MEU BRASIL

Após o dia 28 de outubro de 2018, o Espaço aberto recebeu uma poesia de Estéfany Monteiro. Seu intuito? Amenizar os sentimentos do coração e acalmar a mente. A Gazeta Vargas agradece imensamente à escritora pela sinceridade e pelo gesto. Aprecie.

Que fizestes tu, meu Pindorama, para merecer a morte tão certa?

Que fizestes tu, minha Ilha de Vera Cruz, para deixar tantos dos teus em

lágrimas?

Que dissestes tu, minha Terra Nova, para receber essa tortura?


Com a bandeira vermelha, minha Terra dos Papagaios segue em frente

Mas não te preocupes tu, colonizador, que o que vem de lá é o nosso sangue, e

não o comunismo que amedronta as gentes


Minha Terra de Vera Cruz, vem chorar no meu colo

Vem inundar a minha casa

E ver se lava junto a ti essas promessas de terror


Estou sonhando, minha Terra de Santa Cruz?

Diz que é sonho, minha Terra brasileira

Meu caminho para o mar, minha gente e meu povo


Diz que é pesadelo, meu Brasil vermelho

Fala agora que tua bandeira é verde e amarela

Defende teu território

Mas não levanta tuas armas

Porque tuas flores sempre mereceram mais


Floresce, Brasil

Floresce nesse jardim de esperança

Brota com tuas flores mais bonitas

Defende tua casa e teu lar

Do fascismo que abriga a esquina

E tenta nos ceifar


Fica junto de mim, Brasil

Que a tua luta é minha luta

Que a tua gente é a minha gente

Que o teu povo é o meu povo

Que o teu sangue é o meu sangue

E que eu lhe defenderei até a morte e além


Luta comigo, Brasil.

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