No dia 19 de outubro deste ano, foi lançada a cinebiografia “Meu Nome É Gal”, quase um ano após a morte da estrela, que retrata a juventude e o início da carreira de Gal Maria da Graça Penha Burgos Costa, uma reconhecida cantora e compositora brasileira aclamada por seu pluralismo e por seu perfil artístico multifacetado. O filme atraiu críticas mistas, mas teve um bom desempenho em sua estreia.
Gal Costa morreu de infarto fulminante em 9 de novembro de 2022, quando o longa-metragem já estava em produção. Considerada uma das maiores cantoras de todos os tempos pelas revistas Rolling Stone e Times e uma das maiores influências musicais no Brasil, a expectativa dos fãs em relação ao filme apenas cresceu nos meses antes de seu lançamento.
O filme destaca a vida de Gal na década de 1960, quando, aos vinte anos de idade, mudou-se de Salvador para o Rio de Janeiro buscando arriscar uma carreira como artista. As amizades da cantora com Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, no momento em que estes a acompanharam no começo de sua trajetória em terras cariocas, são evidenciadas na tela.
Os desafios enfrentados no contexto da Ditadura Militar também são abordados, assim como o surgimento da Tropicália, movimento artístico e cultural que envolvia música, cinema, teatro e poesia, no qual Gal, Caetano e Gilberto tiveram participação ativa. O fim do movimento foi marcado pela prisão e exílio de ambos os amigos da artista, e o longa retrata o período de depressão que ela enfrentou após o ocorrido.
As opiniões sobre a obra foram diversas, contendo desde elogios à atuação de Sophie Charlotte, que interpretou a cantora, até críticas em relação ao conteúdo. Porém, a reação se mostrou majoritariamente positiva, com observações de ênfase na representação precisa do cinema brasileiro.
“Sintetizar uma pessoa em um filme é o desafio número um no gênero das cinebiografias, especialmente porque os protagonistas dessas histórias estão lá justamente porque suas passagens pela vida foram grandes acontecimentos”, afirma Aline Pereira, telespectadora do filme, via AdoroCinema. Entretanto, argumenta que a “abordagem carinhosa e o tom de homenagem não deixam dúvidas sobre a importância deste legado”.
“Meu Nome É Gal” ainda não encerrou sua jornada nas telonas e ainda promete provocar reações dos fãs de uma das maiores artistas do Brasil. Atualmente, o longa está sendo exibido em alguns dos principais cinemas de filmes nacionais ao redor do país.
Autoria: Gabrielle Park
Revisão: Luiza Parisi e Anna Cecília Serrano
Capa: Meu Nome É Gal / Divulgação
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REFERÊNCIAS:
[1]: Meu Nome É Gal. Adoro Cinema, outubro de 2023. Disponível em:
[2]: Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, morre aos 77 anos. G1, novembro de 2022. Disponível em:
[3]: DE OLIVEIRA, Ana. Identifisignificados movimento. Tropicália. Disponível em: