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O MOVIMENTO PELA UNIVERSIDADE DO JARDIM ÂNGELA



“Cadê a verba do menor infrator queimando na TV suficiente pra Harvard, pra FGV?”

Facção Central, em Justiça com as próprias mãos


No último sábado, 16, foi realizada a plenária popular pela criação de uma universidade e um instituto federal no Jardim Ângela, localizado na Zona Sul de São Paulo, sendo um dos bairros mais populosos e marginalizados da cidade. O evento foi realizado na Paróquia Santos Mártires, histórica organização e símbolo de resistência na região.

A luta travada pela comunidade é um dos diversos desdobramentos do Fórum em Defesa da Vida, que é realizado na região desde 1997, ano seguinte à realização da primeira Caminhada Pela Vida e pela Paz. Durante essa época, o Jardim Ângela era considerado, pela Organização das Nações Unidos, um dos lugares mais perigosos do planeta.

A mobilização surge em razão da elevada demanda por uma oferta de ensino superior na zona sul periférica e aos distritos e municípios adjacentes. Tomando os distritos da região e traçando uma linha de Vila Andrade até Cidade Ademar, indo até Marsilac, a população jovem (de 15 a 24 anos) é de aproximadamente 450.000. Se somados os quatro municípios adjacentes (Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Embu Guaçu), o total é de quase 600.000 jovens, número três vezes maior que o grupo populacional em Campinas e duas vezes e meia maior que em Guarulhos. [1]

O evento contou com a presença de diversas organizações sociais da região, além de figuras de peso, como o Deputado Federal Guilherme Boulos (PSOL) e Manuelita Hermes, mulher negra, procuradora da Advocacia-Geral da União (AGU) e cotada para ocupar a cadeira da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Dando continuidade ao debate, ocorrerá, no dia 21 de outubro, uma audiência pública cujos nomes convidados são o Vice-Presidente, Geraldo Alckmin, os ministros Silvio Almeida, Fernando Haddad e Márcio França, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, entre outros.

Para que o movimento continue com força no campo político, porém, são necessárias assinaturas de, no mínimo, 5 mil pessoas. Clicando aqui você pode ajudar a comunidade da periferia da Zona Sul a lutar pelo direito à educação, assinando em apoio a construção de um campus da UNIFESP e de um Instituto Federal na região.


Autor: Arthur D’Antas

Revisores: Laura Freitas & Anna Cecília

Imagem: Caminhada Pela Vida e Pela Paz. Fonte: Fórum em Defesa da Vida


Referências



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