No Espaço Aberto de hoje, apresentamos um poema enviado por Gabriel Linares. Encantem-se com "Sobrilhar".
Sobrilhar
Sou eu, sou você.
- qual deles evoca a fantasia?
Por um momento,
sem sentimento,
ainda há tempo.
Chama ascende,
alma da mente.
Há ponta:
é necessário conter.
Segundo...
Toco.
Invés de baixar,
sobe, os sons.
Os encantos, lhe dou.
Formo, floreio e chamo, penso.
As vezes, vontade vem:
pegar na mão e dizer o já elaborado.
Pra mim, eres conhecedora de tudo,
favoravelmente para o pisamento.
Questão:
a hipérbole duvidosa.
Afinal,
imagem - é o que realmente importa?
Visitamos-nos...
À gente do mundo,
agente do mundo.
Aqui - eus -, formulando:
sou, não sou.
O meu difícil jeito de me mostrar.
- E o amor, no fim, agora,
é questão de marketing?
Era você?
Cegueira...
O Sol, tão só;
ele brilha tanto...
Seguro, em claro – escuto -,
me procuro.
O brilho
- de quem vê ou de quem projeta?
Parece. Me parece. Pareço.
Nessa de eu-sous,
volta o não-queria-ser.
O sonho do poeta é se apaixonar junto a musa.
Foto de capa: Zhong Niao
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