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SONETO DE UM ENGENHEIRO

Exato, mas não tanto

Sou um bloco de concreto, esperando…

Meu penar se mede em metros e num pranto:

Um dialeto…


Um pedaço de fartura e mais uns tantos

Nem compassos nem canetas

Me escrevem 

Eu sozinho entre lágrimas e tetos 


Se eu chorasse e tão impreciso fosse

Se eu bebesse e me afogasse numa prece

Viveria como um ácaro, mas doce


Não consigo mais pensar até que regresse

Desde que não mais te vê, meu eu padece

Faço prédios sem janelas ou paredes.


Autoria: Anônimo 

Revisão: Anna Cecília Serrano

Arte: Xin Yan

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