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THATCHER: ENTRE O BEM E O MAL

Uma senhora idosa anda com dificuldade até o mercado para comprar leite. No caixa, aproveita para pegar também um jornal e, ao ouvir do atendente impaciente o preço de sua compra fica em choque, mas paga mesmo assim. Sai do mercado enquanto o homem que a esperava atrás na fila corre para pagar logo sua compra. Ele também estava impaciente com a velhinha lerda que, ao voltar para casa, imediatamente se senta na mesa da cozinha e diz ao marido que “O preço do leite subiu!”, mas antes que o diálogo pudesse prosseguir, ela é interrompida por sua cuidadora, que entra abruptamente no cômodo, aliviada em encontrá-la. Enquanto isso, policiais com armamento pesado estavam na porta do imóvel e dentro dele também. Ainda podemos ouvir a funcionária brigando com os policiais porque a senhora não poderia sair da casa desacompanhada e sem aviso, e que ela está até mesmo alucinando e tendo conversas com seu falecido marido, Denis. Este é o começo do filme The Iron Lady (2011), e a senhora trata-se de Margaret Thatcher.

The Iron Lady (2011) se tornaria um dos meus filmes preferidos por apresentar um retrato tão humano e íntimo de uma figura pública lembrada por seu profissionalismo e impessoalidade. O filme se passa, na realidade, nos momentos finais de Margaret, quando esta já está acometida por demência, sofrendo por seu falecido marido. Alucinando e perdida em suas memórias por causa da doença, Thatcher vai relembrando os momentos mais marcantes de sua vida, e é este o recurso narrativo utilizado pelo filme para contar sua história. Paralelamente à forte figura que galgou espaço na política britânica até se tornar a mulher mais poderosa do mundo por 11 anos consecutivos, vemos também uma idosa vulnerável. Com isso, o filme consegue transformar alguém com essa trajetória tão única em uma pessoa com a qual todos nós podemos nos relacionar: poderia ser a sua avó, sua mãe, ou até mesmo você daqui algumas décadas. Essa cinebiografia dá enfoque ao ser humano por detrás da persona pública; Mais do que discutir o que ela fez, tenta entender por que o fez, quem realmente era, como funcionava e pensava.

Foi esse retrato sensível, que parecia tão favorável a sua figura, que me atraiu em sua direção. Thatcher: ame-a ou odeie-a, não há meio termo. Certamente uma das figuras mais divisivas do século XX. Em 2013, quando tinha somente 10 anos, lembro de ouvir os adultos conversando sobre a morte da “Dama de Ferro”. Os comentários eram variados, alguns expressavam admiração e outros repúdio. Nas próprias matérias, enquanto alguns britânicos choravam, outros bradavam “The Witch is dead”, a bruxa está morta. Eu ainda não tinha idade para entender o que aquela mulher significava para a história da humanidade, mas ali criei um interesse que perdurou ao longo dos anos. Um desejo de entender o porquê de Thatcher ser tão amada e, ao mesmo tempo, tão odiada. Ainda esse ano revi o filme, o que ressuscitou meu desejo de entender mais sobre Thatcher e seu governo. Afinal, 10 anos após sua morte, quem foi Margaret Thatcher e o que ela significou ao Reino Unido?

Margaret Roberts nasceu em 1925 em Grantham, na Inglaterra. O maior herói de sua vida foi seu pai, Alfred Roberts, um quitandeiro que se tornaria vereador. Ele ensinaria à Margaret os valores e crenças que ela defenderia tão veementemente até o final de sua vida. Quando a 2º Guerra Mundial começou, Margaret era adolescente e trabalhava na quitanda de seu pai, ganha pão que garantiu boas condições de vida à família e ainda os permutiu abrigar Edith Muhlbauer, uma judia que havia escapado da Alemanha nazista. Mais tarde, ela teria dito que os Roberts salvaram sua vida. Assim, muito provavelmente foram esses os anos de formação de Margaret Thatcher: conservadora e com fortes convicções morais, que valorizava o trabalho duro, era extremamente patriota e, diga-se de passagem, germanofóbica. Inteligente, conseguiu estudar em escolas de elite por meio de bolsas, pois sem elas jamais conseguiria frequentar esses ambientes. Nesse contexto, surgiu outra marca que carregaria ao longo da vida: apesar de nem de longe ser pobre, também não era abastada o suficiente para frequentar com conforto ambientes de elite, nos quais era considerada uma “sem estirpe”, preconceito o qual sofreria também ao longo de sua carreira política.

Em 1943 ingressou em Oxford, para estudar química, e em 1946, inspirada pelas ideias de Hayek, e por seu próprio pai, deu vazão ao seu interesse por política se filiando ao Partido Conservador. Após a graduação, aplicou para um emprego na Imperial Chemical Industries, mas foi rejeitada por ser “teimosa, obstinada e perigosamente dona da verdade”. Com o passar do tempo, o interesse por química foi dando lugar ao seu interesse por política e em 1951 Margaret Roberts concorreu para a Câmara dos Comuns pelo distrito de Dartford, em Londres, mas perdeu. No entanto, a campanha foi um de seus maiores sucessos, pois permitiu que se aproximasse de um cavalheiro que a apoiou de perto, o empresário Denis Thatcher, o grande amor de sua vida e com quem teria dois filhos, os gêmeos Carol e Mark. Revigorada, voltou como Margaret Thatcher para vencer as eleições de 1959 — daí pra frente sua ascensão seria meteórica.

Primeiramente, passou algum tempo na oposição, até se tornar Secretária da Educação e Ciência no governo de Edward Heath com a vitória conservadora de 1970. A situação no Reino Unido era caótica e a crise reinava. O consenso keynesiano do pós-guerra estava quebrado e a economia em franca crise. Nesse contexto, a ordem do dia era o contingenciamento e o corte de gastos, o que Thatcher seguiu. Logo nos primeiros meses ela ganhou notoriedade ao fechar escolas e parar de servir leite gratuito às crianças maiores de sete anos, o que lhe rendeu o apelido de “Margaret Thatcher, Milk Snatcher”, ladra de leite. Todavia, mais adiante documentos revelariam que Thatcher se opunha à essa política do leite, mas foi forçada a implementá-la dada a situação.

Na verdade, ela estava incomodada com o governo de Heath como um todo e ele, por sua vez, a odiava. Com a situação fora do controle, os conservadores logo foram removidos pelos trabalhistas em 1974, o que deu a Thatcher a oportunidade de se lançar à liderança do partido, desafiando seu antigo chefe. No filme, há um resumo excelente dessa situação, na qual Thatcher conta à sua família o que pretende fazer: “someone must force the point, someone must say the unsayable. None of these men have the guts!” Quando Denis pergunta sobre o primeiro-ministro, ela responde: “He’s weak, and he’s weakened the party!” Apesar de cinematográfica, a passagem resume bem o incômodo de Thatcher com a completa incompetência da liderança do partido, bem como sua determinação em mudá-lo.

Ironicamente, Thatcher havia dado uma entrevista em 1970 na qual disse que "Não haverá uma mulher primeira-ministra durante minha vida – a população masculina é muito preconceituosa". Ainda assim, ela tentou. Em 1975 foi vitoriosa se tornando líder do partido e, consequentemente, da oposição. Isso, por sua vez, veio a um alto preço, pois para tanto Thatcher precisou passar por uma adequação estética. É justamente nessa passagem de sua vida que o filme The Iron Lady brilha ao representar de forma tão clara o processo de mudança pelo qual passou. Primeiramente, seus lencinhos e chapéus foram embora, suas roupas também foram ajustadas, pois como o filme bem colocou, ela parecia “uma esposa conservadora privilegiada”. Todavia, mais importante do que isso, sua voz era “muito aguda e sem autoridade”. Sim, ela aprendeu a engrossar a voz para falar melhor em público. Além disso, seu corte de cabelo cacheado foi penteado para transmitir um ar mais imponente. Apesar de se tratar de um filme, tais mudanças imagéticas de fato ocorreram com Thatcher, que precisou performar masculinidade para se adequar ao mundo político. De fato é impressionante o feito de ter sido a primeira primeira-ministra britânica, mas isso só ocorreu porque Thatcher jogou dentro das regras do jogo. Com isso, não pautou o feminismo ou abordou a sua condição de mulher na política como sendo algo relevante. Ela foi um ícone do individualismo, não do feminismo.

Ainda que não fosse tão disruptiva na forma, seu discurso foi revolucionário. Thatcher propunha a quebra do consenso keynesiano que norteava a política e a economia britânica desde a 2ª Guerra Mundial. Isso porque a economia estava estagnada: protestos e greves por todo lado, desemprego e inflação nas alturas, ao passo em que o crescimento econômico era mínimo. Era a famosa “stagflation”, ou “estagflação”, que Thatcher estava tão determinada a mudar. Extremamente crítica do governo trabalhista, tornou-se líder dos conservadores em 1975 para então tornar-se primeira-ministra em 1979 mediante a campanha do “Labour isn’t working”.

Na sua primeira fala como primeira-ministra, assumiu o cargo citando São Francisco de Assis: “Onde há discórdia, que nós levemos a harmonia; Onde há erro, que nós levemos a verdade; Onde há dúvida, que nós levemos a Fé, e onde há desespero, que nós levemos a esperança”. Apesar de bonita, a citação foi bem diferente do que seriam os anos de Thatcher no poder, marcados por uma profunda polarização da sociedade britânica, muito comum também tendo em vista o contexto da Guerra Fria. No entanto, suas características pessoais contribuíram para essa construção — ela era irredutível — e ainda nos dias de hoje permanece divisiva devido ao que implementou e ao que representou.

Thatcher herdou um país em profunda crise. O crescimento econômico era baixo, os gastos governamentais muito altos e o endividamento em franco crescimento. Paralelamente a isso, a inflação era galopante e corroía o poder de compra da população, que empobrecia. A solução de Thatcher, inspirada por autores como Friedrich Hayek e Milton Friedman, era o neoliberalismo. De supetão Thatcher cortou gastos, privatizou tantas empresas quanto foi possível, cortou subsídios, fechou minas de carvão não lucrativas, mudou a forma de tributação para tornar o país mais atrativo aos investimentos e propôs uma série de mudanças legislativas e de gestão. Com isso, o resultado nos dois primeiros anos foi a retração da economia, algo que já era esperado até mesmo pelo governo conservador, pois a ideia era implementar uma “Terapia de Choque”, ou seja, mudar a lógica da economia, que no começo sofreria, mas para ser reajustada e prosperar sobre bases mais sólidas. Ainda, a retração ou desaceleração econômica é comum em contextos de combate à inflação.

Em The Iron Lady (2011) há uma cena em que esse tópico é abordado, com os ministros de Thatcher reclamando sobre a impopularidade que este período de adaptação estava trazendo ao seu governo, ao que Thatcher, interpretada por Meryl Streep, responde: “Senhores, se nós não cortarmos gastos vamos falir! Sim, o remédio é duro, mas o paciente precisa dele para sobreviver. Nós deveríamos lhe recusar o remédio? Não! Nós não estamos errados. Não concorremos em uma eleição e vencemos para administrar o declínio de uma grande nação. O povo deste país nos escolheu porque acreditam que podemos restaurar a saúde da economia britânica e nós faremos exatamente isso!”

A principal bandeira de Thatcher, sua plataforma econômica, permaneceria firme até o final de seu mandato. A melhora econômica, no entanto, demoraria a vir, o que tornou seu governo extremamente impopular, até que o impossível aconteceu: no dia 2 de abril de 1982 a Junta militar argentina invadiu as Ilhas Falklands, tomando-as à força. A situação era difícil: a mais de 12 mil quilômetros de distância do Reino Unido, as ilhas estavam no meio do nada e em uma porção do globo em que o clima não facilitava a navegação. Retomar as ilhas, portanto, era uma missão quase impossível. Ainda assim, Thatcher não se amedrontou. Imediatamente reagiu despachando para o Atlântico Sul centenas de navios e aviões, acompanhados por dezenas de milhares de soldados. Era tudo ou nada.

O que poderia ser seu maior fracasso tornou-se o maior triunfo da carreira de Thatcher. Após três meses de guerra, os britânicos conseguiram reduzir às cinzas a marinha e a aeronáutica argentinas, desembarcar nas ilhas e retomá-las, acumulando poucas baixas e milhares de prisioneiros de guerra. Na sequência, a desmoralização da Junta militar permitiria que um ano após o conflito a Argentina se tornasse uma democracia. Por outro lado, Thatcher foi alçada ao posto de queridinha da nação. A Dama de Ferro do ocidente se deixou fotografar ao lado de soldados, segurando fuzis e em tanques de guerra. Esse episódio foi, sem dúvida, um divisor de águas. Consolidou sua imagem como uma líder forte, deu-lhe uma vitória esmagadora nas eleições do ano seguinte e ainda recolocou o Reino Unido no cenário geopolítico global. Nesse sentido, ao lado de Ronald Reagan, Margaret Thatcher pôde tornar-se a líder que o Ocidente tanto ansiava para atravessar a Guerra Fria.

Em casa, Thatcher privatizou mais de 50 empresas estatais. Com isso, arrecadou 49 bilhões de dólares (cerca de 252 bilhões de reais), os quais utilizou para financiar reduções na taxação. O PIB cresceu a uma média de 2,6% ao ano e, ao longo da década de 1980 o PIB cresceria 33% a mais do que na década anterior. Enquanto isso, o país se desindustrializou fortemente. No entanto, em paralelo Londres tornou-se a capital financeira da Europa, seguindo uma tendência global do período de financeirização da economia dos países desenvolvidos e industrialização dos emergentes e subdesenvolvidos. Ainda, a inflação e o desemprego eram seus principais inimigos, pois ambos empobreciam violentamente a população. A Dama de Ferro assumiu o cargo com uma inflação de 25% ao ano e um desemprego de 5,3%. Por outro lado, a inflação em 1989 era de 5,7% e o desemprego em menos de 7%. Paralelamente a isso, o endividamento do governo caiu 42,5% do PIB para 28,5%. Ainda, as reformas sociais e de gestão por ela implementadas no sistema público de educação e saúde perduram até hoje. Todavia, a modernização econômica do Reino Unido custou o aumento na desigualdade. O índice Gini cresceu de 0,25 em 1979 para 0,32 em 1992, ou seja, houve um claro aumento no abismo social entre os mais ricos e os mais pobres.

Aos trancos e barrancos essa agenda econômica de Thatcher foi empurrada goela abaixo. Ela enfrentou ao longo de todo seu mandato — e de sua vida — forte oposição. Desde greves de mineiros e sindicatos, passando por greves de fome, protestos, passeatas e até mesmo atentados terroristas. Em 1984 Margaret e Denis Thatcher estavam hospedados no Grand Hotel, em Brighton, para a conferência do Partido Conservador, que ocorreria no dia seguinte, quando o IRA explodiu uma bomba na tentativa de matá-la. Ela sobreviveu, mas cinco de seus colegas e amigos não. Além disso, outras 31 pessoas saíram feridas. No dia seguinte, contudo, ela seguiu com os planos e proferiu seu discurso ao partido mesmo assim. A resiliência demonstrada frente a essa adversidade fez com que ganhasse a simpatia dos britânicos e, mais uma vez, consolidasse sua imagem como a Dama de Ferro.

Contudo, a característica que a levou tão longe também foi o motivo de sua queda. Seus colegas estavam cada vez mais fartos do seu comportamento excessivamente dominante, de pouco espaço para escuta e resistente em fazer concessões. Em paralelo, uma quarta eleição se aproximava. Era a oportunidade perfeita para desafiá-la pela liderança do partido, ao passo em que sua impopularidade era latente, acumulada progressivamente ao longo dos anos. Paralelamente a isso, os conflitos a respeito do novo imposto por ela proposto, o “Poll Tax”, bem como sua postura contra o avanço da integração com a União Europeia, a desgastam ainda mais. Thatcher foi, aliás, o embrião do Brexit.

Desafiada por seus colegas e com uma votação cada vez mais comprometida, a Dama de Ferro entendeu que era hora de ir. No dia 28 de novembro de 1990 Thatcher se despedia do povo britânico. Em lágrimas, proferia suas últimas palavras como primeira-ministra: “Senhoras e senhores, estamos deixando Downing Street pela última vez depois de maravilhosos 11 anos e meio. Estamos muito felizes em deixar o Reino Unido em um estado muito, muito melhor do que quando chegamos aqui há 11 anos e meio”.

Ainda muito se debate se a Era Thatcher representou uma melhora ao povo britânico, mas fato é que o Reino Unido jamais foi o mesmo depois disso. Ainda que deposta por seus colegas, seu sucessor, John Major (Partido Conservador), só pôde ascender ao posto pelo apoio que recebeu da antiga chefe. Posteriormente, o Reino Unido seria pautado pelo novo trabalhismo de Tony Blair, um confesso admirador de Thatcher. Em 2013, o jornalista e historiador Hugo Young, autor de uma biografia crítica da Dama de Ferro escreveu que “se medirmos o legado de um líder político pela decisão do lado contrário de não fazer o relógio retroceder; Thatcher ocupa um lugar importante na história”. Isto é, suas reformas econômicas e sociais, suas privatizações, e até mesmo sua postura mais ríspida contra a integração europeia, não foram revertidas por seus sucessores, mesmo pelos trabalhistas.

Além disso, para um mundo em Guerra Fria, Thatcher representou uma postura firme de defesa do livre mercado e combate ao socialismo, o que surtiu efeito. Com essa postura mais rígida, quando entregou o cargo, em novembro de 1990, o Muro de Berlim havia caído e o Bloco Socialista já partia para seu desmonte. A contribuição da Dama de Ferro para esse resultado não pode ser negligenciada: Estava vencida a “batalha do século”, como Thatcher colocou. Posteriormente, suas reformas econômicas e a “Terapia de Choque” seriam copiadas em vários países do antigo bloco soviético. Por sua vez, este talvez seja o motivo pelo qual ela é tão odiada: foi uma das formuladoras do neoliberalismo. Assim, é um dos maiores expoentes de uma ideologia que falhou em entregar uma melhora econômica que endereçasse questões sociais, tornando a desigualdade uma mazela latente, sobretudo em países na periferia do capitalismo.

Dessa forma, retorno à minha questão inicial: quem foi Margaret Thatcher e o que ela significou ao Reino Unido? Por meio desse panorama, creio ser possível encontrar a(s) resposta(s). Complexa, Thatcher deixou um legado ainda mais complexo, de forma que é impossível bater o martelo. Divisiva, a resposta a essas perguntas será, provavelmente, dada por cada um de forma individual, de acordo com suas crenças e valores pessoais. Portanto, não existem aqui respostas absolutas. Thatcher: ame-a ou odeie-a, sua marca é inquestionável. A polarização política no Reino Unido e no mundo, a qual ela ajudou a construir, torna difícil para seus críticos admitirem que acertou em certos pontos; e para seus defensores, admitir que errou em outros. De Margaret Roberts a Margaret Thatcher, de filha do quitandeiro a Dama de Ferro, ela foi, sobretudo, humana.


Autoria: Linneo Adorno

Revisão: Enrico Recco

Imagem de capa: Johnny Eggitt- 13/10/1989/AFP


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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


The Iron Lady (2011), dirigido por Phyllida Lloyd


MURRELL, Peter. What is Shock Therapy? What did it do in Poland and Russia?


FMI (Fundo Monetário Internacional), disponível em: https://www.imf.org/en/Countries/GBR


Office for National Statistics, diposvível em: https://www.ons.gov.uk/

























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